Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sexta-feira, 26 de maio de 2017

DIA DA VIZINHA



Dia da vizinha, quem haveria de se lembrar deste dia dos quais nunca antes ouvira.

Vizinha, sim já as tive porta com porta a quem de quando em vez pelo fim da tarde nos sentávamos a fazer crochet ou aprender novo ponto de malha.

Hoje tenho e não tenho vizinhas, as casas estão vazias, pois assim não existe as tais porta a porta, mas também ,algumas apesar de o serem, especialmente nos prédios, chegam a não se ver ou então esquecem-se de cumprimentar.

Cada um no seu casulo de porta fechada sem conversas sem mesmo se conhecerem.
Felizmente e ainda daquelas pessoas puras sem interesses ou vaidades vou tendo vizinhas que para mim não o são pois vivem do outro lado da rua e raro as vejo passar,mulheres do campo que passam para os seus terrenos para amanha-los ou regar.

Regressam carregadas de ervas que colhem para seus animais de casa, galinhas,  coelhos, etc.

Acontece que muitas são as vezes que ao regressarem dos seus afazeres no campo me deixam pendurado nas grades do portão uma alface, feijão ou repolho conforme o legume da época.

Apenas os deixam num saco de plástico do qual dou conta porque o meu Ruca (cão de casa) ladra ao menor movimento de rua.

Não são minhas vizinhas pois moram um pouco afastadas de mim mas assim não sendo poderei chamar-lhes com muito gosto “amigas”.

É um bairro onde não há discussões nem mal dizer, quando nos encontramos há tanto que falar sobre as hortas o tempo que não chove, etc.


Ou então são demasiado importantes de fino porte vivendo em castelos rodeados de aias sem nunca ouvirem falar de quem vive em redor deles.

A quem as tem Feliz Dia da Vizinha, e se for boa estime-a pois são como parte da sua família que nas aflições basta um knoc knoc na porta ao lado.




Sem comentários: