Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

OS NETOS

Margarida 2017


Como é bom ser avó, ter o privilegio de dar e receber de um ser gerado pelos nossos filhos, e poder dar-lhes aquilo que a vida nos inibiu de lhes fazer.

Os abraços e os beijos que recebemos quando chegam da escolinha a alegria infindável as suas brincadeiras que muitas vezes apesar já da nossa idade muitas vezes não acompanhamos.

Empurrar-lhes o baloiço, sob a voz de “mais depressa avó” um perigo que tememos e que lhes dá um gozo infinito a sensação do vento frio na cara alem de estarem tão lá em cima e num repente descerem.

Enfim, um acompanhar que por fim nos deixa de rastos, levamo-los para dentro de casa na esperança de podermos sentir os ossos todos no lugar sentada no sofá.

Lá isso por vezes conseguimos desde que não se atirem para cima de nós numa de surpresa (o que nos assusta) para se agarrarem ao nosso pescoço cubrindo-nos de beijos.

Um dia destes depois de todas as marotices e perante a pergunta “sacramental” de como correu, o dia ou rendida pelo cansaço vai desarrumar as coisinhas delas, cadernos e lapis onde “artisticamente” vai fazendo seus rabiscos.

Um dia destes com a cara mais descarada chama-me atenção para mostrar a sua habilidade. O meu nome num canto da folha.

A primeira palavra que aprendeu a rabiscar entre todas aquelas letras do alfabeto que diz “ser muito deficel”.

De apenas 4 anos aprendeu a escrever o meu nome. Bem sei que é super fácil, repetição de letras etc mas dada a idade e ainda no jardim escola...

Lá veio como diz Roberto Carlos, “uma lágrima no canto do olho” um grande abraço e mil beijinhos aquela reguila que tomou conta da atenção de todos desde que nasceu, alias como o fez a minha primeira neta nessa altura.

Será muito pedir que venham mais e mais netos, para me rodearem de carinhos e beijos que nem o tempo apaga?

Deus queira que sim!





domingo, 29 de janeiro de 2017

OS RATOS


Há dias no meu Blogue falei no lindo desenho de uma aranha que a Margarida de 4 anos fez alem do dialogo que tivemos sobre a mesma. (http://mimiteixeira.blogspot.pt/2016/05/uma-aranha.html)

Hoje vou falar-vos de outra surpresa dela.

Aqui no burgo rodeada de gentes que ainda se dedicam a agricultura ainda pouco ou nada tem semeado logo as toupeiras e os ratos proliferam por todo lado quase que numa luta de “espera que já te digo”!

Ora numa cozinha que tenho fora de casa, apoio da churrasqueira  apareceram-me sinais que sua excelência os ratos me visitavam de quando em vez.

Bem tentava acabar com eles mas acho que o que lhe punha ainda os engordava mais.

Eis senão quando conseguimos apanha-la gorda e anafada  numa luta de ponta pé para ali mais parecendo um treino de guarda redes.

Margarida que se apercebeu de toda a cena quis ver o desgraçado do rato enchendo-nos de mil perguntas acabando sempre no “coitadinho” até que nos desfizemos em contos e contos para que compreende-se o motivo da chacina.

Acabando por lhe dizer que afinal estava só a dormir em breve se levantaria e ia a sua vida.
Depois veio os “porquês”.

Ter neta não é fácil muito menos na idade da explicação que nem sempre “cola”.
Pequei num livro dos dela e fui dando a volta a coisa direi mesmo com muita dificuldade pois as crianças de hoje tem resposta para tudo, seja da escola ou sei lá de do quê.

Então fui explicando que há ratinhos simpático (?) que brincam e não fazem mal mas também os há que até podem morder aos meninos,foi um desfolhar de livros e como não podia ser a procura na Internet pois eram bem diferentes os dos seus livrinhos fantasiosos e os peçonhento verdadeiros.

E pronto lá se convenceu porque o rato Mickey era “bué “ de fixe e o resto eram cantigas.

Ufa, foi dialogo forte!

Sinceramente quando sosseguei olhei para dentro de mim, questionei-me se fizera bem ou não porque em questão de ratos há muitos e bem perigosos para o ser humano, e eu que tenho uma rato ou digamos uma ratazana de esgoto que me anda a cortar na casaca forte e feio ás escondidas através dessas aplicações informáticas e ainda por cima de borla sem  saber que tudo se sabe.
Mas poupei a criança dessas explicações porque dessas não há remédio talvez um dia lhe apareça na vida e saberá acabar com ela porque eu ainda não descobri como fazê-lo é esperar que seja ela mesmo acabar com as fofoquices.

E os ratos e toupeiras, sejam eles quais forem continuarão no procura de seu sustento até que sejam apanhados.