Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sábado, 14 de novembro de 2015

O ZAMBEZE

O imponente rio Zambeze nasce na Zâmbia, passa por Angola, alarga-se na sua bacia hidrográfica de 150 800 km², dele nascem rios afluentes em todo quadrante sudoeste de Angola, quase beija a fronteira com Botswana, e visita a Zâmbia na sua fronteira com Zimbabwe espalha a suas águas nas cataratas de Victoria com uma extensão de 1708m e uma queda de quase 100metros, as maiores do mundo, entra em Moçambique com toda a sua imponência.

O homem tenta trava-lo com a barragem do Caribe na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabué e a Cahora Bassa, em Moçambique. Estas barragens são uma das maiores fontes de energia eléctrica para a sub-região da África Austral e as suas albufeiras são igualmente palco de importantes pescarias.

Diziam os antigos que nas suas margens havia outro e pedras preciosas.


Em seu leito muitos peixes que alimentavam as gentes por onde passava, também crocodilos, hipopótamos etc.

* imagens da internet

Como me recordo das almadias que logo de madrugada saiam à pesca trazendo o pende amarrado aos molhos com uma “cambala”, e vendiam-no tão fresquinho.

Tive o privilégio de nascer junto às suas margens, ouvindo os sons ora calmos ora fortes na sua passagem, trazendo com ele recados de outros povos, outras terras por onde passou como grande guerreiro de Africa.

Bastas vezes me banhei nas suas aguas, atravessei as sua margens umas vezes a medo outras prazeirosamente.

Quando criança atravessava o rio em barcos rudimentares substituídos depois por barcos com motor.
* imagens da internet

 Fazíamos a travessia, e colocávamos as mãos na água sentindo a sua frescura da mesma sempre seguido de um puxão de orelhas dos pais.

Mas era divertido.

À noite sentada nas escadas do cais  no jardim da alfândega, ele corria manso deixando ouvir o cantar das cigarras enquanto os pirilampos iluminavam a noite.

Era ao fresco que olhávamos para o rio, e para as luzes da outra margem, ou de alguma barcaça que se aventurava naquelas aguas aquela hora.

No tempo das chuvas vinha a corrente forte levava tudo, os peixes os crocodilos os restos de mato que limpava ao passar, e subiam as aguam desordenadas invadindo as margens algumas vezes o jardim.


 imagens da internet