Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sábado, 8 de fevereiro de 2014

HOJE RECORDEI.

https://www.facebook.com/pages/Salisbury-Rhodesia



Cahora Bassa posso dizer que nasceu lá por casa, foi ali mesmo que foi instalado o rádio que contactava 3 vezes ao dia com o pessoal que estava a desbravar caminho para o início das obras de Cahora Bassa.

Desceram á cidade grandes firmas que se instalaram em Tete, bem como técnicos, engenheiros etc.

Dos países vizinhos já havia conhecimentos e amizades criadas durante os anos em que meu pai foi o representante das grandes firmas de transportes que atravessavam a cidade de Tete com seus camiões carregados de bens e mercadorias transitadas do Malawi para a Rodésia, e vice versa.

Como tal, conheci bem ambas as cidades daqueles países fronteiriços, de gente simpática com um desenvolvimento óptimo.

Salisbury foi o destino de muitos fins-de-semana, amava aquela cidade, bem delineada, civilizada, de gente bem vestida e educada, um comércio diferente do que havia lá pelo burgo, um país maravilhoso.

Não vou deixar passar o carinho com que inicialmente fui acolhida em casa e uma família excepcional que nos abriu as portas sempre que precisamos, D. Maria Rosa. (que Deus a tenha no céu pois era gente maravilhosa)

E foram imensas as desculpas que arranjávamos para fugirmos uns dias para Salisbury.

Em 1970 por força de outras circunstâncias, decidi que o meu primogénito iria nascer naquele país.

Em 1973 nasce a minha filhota na mesma cidade e fico a residir por lá.

Não foi difícil a adaptação, senti-me apoiada por muitos amigos e conhecidos, uma aventura que acabou por ser maravilhosa.

Até as Jacarandás que cobriam o chão de suas flores, pareciam dar-nos as boas vindas.


Uma mudança de vida onde de imediato meu marido foi integrado no Banco, onde continuei os meus estudos, dei aulas no colégio português, onde os meu filho ia a escola de farda vestida, a minha filha tinha uma ama esplêndida e a vida seguia calma.

Tempos felizes, até ao dia que os problemas de segurança começaram, e tivemos que regressar a Portugal e o sonho acabou.

Hoje rebusquei fotos dessa cidade, desse país dessa gente maravilhosa, e chorei porque recordei uma das melhores passagens da minha vida, onde fui imensamente feliz, que me marcou profundamente.



 Voltarei para falar destes tempos bons.








domingo, 2 de fevereiro de 2014

Hoje estou triste !


Hoje estou triste, não me apetece escrever.

Será do frio,  dos dias chuvosos e pequenos que não dão para nada? Não sei..

Apenas sei que só me dá para ficar sentada no sofá enrolada numa manta e olhar perdido.
O silêncio é essencial, nem música quero ouvir.

O livro de João Paulo Borges Coelho que andava a ler, e tantas lembranças boas me trazia, mantem-se fechado a um canto.

É deste tempo invernoso dizem-me alguns.

Ansiosamente espero que o sol chegue e me aqueça o corpo e a alma me tire desta letargia insana, me devolva o convívio com os amigos, os passeios ao ar livre a vontade de gargalhar, de estar com gente e sair deste canto escuro onde hoje me encontro.