Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sábado, 9 de março de 2013

Hoje quero...

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Há tempos que venho trabalhando incessantemente para me abstrair dos problemas que me rodeiam, na negatividade da vida da incompetência de gente que ocupa um posto de trabalho, apenas pelo vencimento  ao fim do mês, pela falta de respeito e responsabilidade pelos idosos e crianças, enfim um mundo negativo quanto baste.
Exige a minha sanidade mental que hoje ignore os noticiários e os jornais.
Quero apenas ver o bonito, o positivo, quero rir como sempre fiz mostrar alegria que tenho na vida e temo perder a qualquer momento.
Quase a chegar á primavera olho as arvores despontarem para a vida e os bandos de pássaros chilreando como que chamando-a mais rapidamente.
Quero sentar-me e ler um romance, uma história banal, de amor, paixão onde sinta palpitar um sentimento bom.
Passear com meu marido como namorados, falar dos filhos que tanto amo.
Quero brincar com as minhas netas, ver a pequenina dar os primeiros passos sempre de sorriso aberto mostrando dois dentinhos marotos, ver a mais velha jogar á bola.
Vestir um vestido florido lembrando as chitas em algodão de outrora, pintar meu rosto e soltar meus cabelos.
Falar com os amigos, gargalhar com as conversas animadas de sempre, amar o mundo e todos.
Que nada nem ninguém me obriguem ao convencional, quero apenas viver o belo desta vida.


sexta-feira, 8 de março de 2013

DIA DA MULHER

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Hoje é o dia da mulher, dizem os entendidos em inventar dias para todos e tudo, por isso vejo por todo o lado “mens” atarefados numa corredia a marcar um lanche e comprar uma flor, sim porque a crise obriga a deixar os jantarinhos e ficarem-se apenas pelos lanchinhos resumidos a um qualquer bolo e um café.
Já imagino sentados frente a frente com um ar meloso e carinhos no rosto, debitando palavras de amor, coisa que há muito desapareceu no quotidiano apressado dos dias de hoje.
Muitos talvez nem deixem chegar o final do dia para voltar ao estado normal de palavrões e exigências usuais.
Referindo-me as estatísticas divulgadas ultimamente, dos maus tratos, violação e homicídios dentro das quatro paredes de casa, infelizmente já extensível aos casais de namorados, são muitas, assim questiono o que há para festejar neste dia.
O imenso esforço da mulher trabalhadora, esposa, mãe, dona de casa, motorista, lavadeira, cozinheira resumindo criada para todo o serviço e sem vencimento, e ainda por cima mal tratada e violada de todos os modos, dá para festejar este dia?
A não ser assim quantas poderão faze-lo?
Talvez as que corajosamente enfrentam todos os factos, impondo-se a tudo e fazendo-se respeitar na condição de ser humano.
Mas neste país de “machos “ poucas terão a coragem de o fazer olhando a situação económica e ao bem-estar dos filhos.
Por tudo isto, hoje deveria ser festejado o dia da mulher apoiando as que a medo tudo vão suportando e ajudando-as a enfrentar esse tormento que são as sua vida de maus tratos e carências.
Que este dia ao menos faça lembrar as quantas heroínas há por esse país que sofrem caladas as agruras da vida.
Deixem-se de lamechices de jantarinhos flores etc., porque o que elas precisam mesmo é de ser respeitadas e reconhecidas pelo enorme esforço diário.
Graças a Deus, ainda há excepções, como tal tiro o meu chapéu aos homens que ainda respeitam as mulheres em toda a sua essência.

  

quinta-feira, 7 de março de 2013

Olhando um futuro incerto

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Olhando um futuro incerto

Há já algum tempo que escrevo sobre um passado feliz tentando abstrair-me dum presente terrível, em Portugal.
Apenas uma tentativa de assobiar para o lado perante a situação difícil que nós portugueses, trabalhadores, reformados, jovens de 1º emprego etc. estamos a passar, mas chega a altura de termos mesmo que enfrentar o óbvio.
Temo sinceramente pelo presente e pelo futuro mais ainda quando nos vemos perante uma situação em que temos os nossos compromissos baseados nas contas do receber e pagar conscientemente calculado e num ápice tudo se altera não por um erro nosso de cálculo mas por roubo indecente que o governo está a fazer aos contribuintes.
Questiono-me seriamente como irá acabar tudo isto.
O constante aumento de impostos a redução dos salários e toda uma conjuntara negativa está a deixar muitas famílias aflitas, sem solução para as surpresas que mensalmente encontram no recibo de vencimento, ou perante uma simples carta de despedimento.
A crise não está ai, está sim um roubo descarado ao povo trabalhador e a todos os portugueses que vivem neste canteiro de espinhos a beira-mar situado.
Quando começa na comunicação social a divulgação de como poupar, na alimentação confeccionando refeições com restos do dia anterior, fico revoltada porque me faz lembrar os velhos tempos de Salazar que muito se trabalhava para comer uma sopita e onde uma sardinha era dividida pela família.
Será que julgam este povo tão estupido que não sabe como gerir a vida e reinventar diariamente a sobrevivência da família?
Pois é tempos difíceis se avizinham, de muita fome, desemprego e revolta.
Questiono afinal porque houve o tal do 25 de Abril se voltamos aos tempos de Salazar?
Ah, serviu para encher os bolsos a todos que passaram pelos governos arranjar grandes tachos, porem o dinheirinho da “estranja” enquanto o trabalhador, burro empatava as parcas poupanças em Portugal.
Eles, vivem á grande em cargos bem pagos ou com reformas chorudas e ninguém lhes toca, enquanto o povo paga o “pato”.
Pior é que não vejo saída alguma para esta situação.
Alguém que me leia ou segue este Bolg tem alguma solução que desconheço e pode ajudar-me a fugir daqui?
Ficarei grata!

domingo, 3 de março de 2013

HABEMUS PAPAM ?





Hoje é domingo e estou a trabalhar, faz-me falta ouvir a missa mas não em qualquer igreja como deveria ser mas em minha casa em frente a Televisão no silêncio total, com uma atenção que não consigo ter quando no templo.

A isto se deve entre muitos o barulho os cochichos e a feira de vaidades de quem se veste para ir a missa como se fosse a uma festa “socialite”, as beatas que batem no peito e saindo fazem mal ao próximo, com o padre a despachar porque tem outras freguesias para atender.
A acrescentar o grande turbilhão em que se encontra a religião católica.

A figura do sacerdote para nós era aquele que representava Deus na terra a ele se dedicava com exclusividade o que lhe dava toda a disponibilidade para tomar conta de seu “rebanho” quando precisássemos de uma palavra de alento, de esperança, estar presente quando alguém atravessa um momento menos bom da vida ou seja uma dedicação total á causa que abraçou.

Como recordo o padre Castro que tirava da boca o pão para ajudar os pobres.

Hoje qualquer sacerdote passou a ser comum com outras profissões, bem remuneradas a tempo inteiro, bons carros, viagens caras, boas vivendas etc. que o deixa sem tempo para a igreja.

Elas continuam de porta aberta, para quem quiser ir até lá rezar mas vazias, inseguras e um convite aos ladrões como tem acontecido.

A igreja passou a ser um comércio indescritível, seja pobre ou rico se necessitar que seja rezada uma missa por alma dum ente querido terá que arranjar cerca de dez euros para pagar o serviço, alem de que nela são incluído varias alminhas, não falando dum baptizado, casamento ou funeral que aí a parada sobe.

Os pobres não podem fazer nada disto porque mal chega o dinheiro para alimentar a família, logo reza em casa, ou muda de religião.

Mas quando a fé é grande amamos nosso Deus deixando para trás o que poderia afastar-nos, e fazemos tudo para não perder essa crença e fé na religião e fico atónito quando algo acontece como por exemplo a resignação do Papa.

Muito se fala das razões que o levaram a faze-lo, e a ser verdade uma das quais a pedofilia nos padres.

Eis uma questão que infelizmente é real seja por que motivo for nada justifica existir, logo para quando a coragem de fazer a limpeza total nesta situação. Doesse a quem fosse era urgente tomar uma atitude radical fossem eles seminaristas, padres, ou cardeais.

Na comunicação social, não falta assunto quando ao modo de viver no vaticano, as roupas confeccionadas em exclusivo, o calcado na melhor pele, importado etc.

Afinal Pedro fundou a igreja calcando um par de sandálias de pescador, há mesmo necessidade de tantos luxos para quem vive dentro de quatro paredes, aquecidas e confortáveis?

Que se viu de novo ao longo de tantos anos foi uma ignorância total ao que de mau se passa e nada que possa corrigir, renovar e dignificar a nossa religião.

O povo não é estupido pode ignorar muitas situações apenas porque a sua fé é inabalável.
Não entendo justificação alguma para este acto, porque se foi eleito para representar Deus na terra, cumprisse até ao fim.

Aqui lembro Joao Paulo II que apesar de doente, até a morte esteve presente.

Agora, confesso que este Papa mostrou um desprendimento, nomeadamente contra uma tradição, porque de facto há 600 anos que não havia um Papa que resignasse, e não resolveu problema algum.

O catolicismo tem que ser uma religião séria, fiável e renovada.

Assim espero.