Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sábado, 3 de maio de 2014

Esse interior ao abandono!

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Num passeio de fim-de-semana pelo interior vizinho, fui ver as Termas da Cavaca, estancia Termal onde já meus avós faziam as suas estadas anuais para tratar mais que não fosse as mazelas do cansaço, e que se tornavam nas férias anuais merecidas.

Eram outros tempos, partiam da aldeia apetrechados com o essencial para fazerem as refeições durante a estadia e se alojavam numa casinha muitas vezes partilhada com alguma vizinha ou conhecido.

Pela descrição que me faziam, era um local aprazível com águas medicinais, bastante frequentado.

(Fundado em 1924 por iniciativa do comerciante e autarca Fernando da Silva Laires, por análises prévias efectuadas em 1919 e, mais tarde, no ano de 1938, verificou-se que a composição daquelas era bastante interessante, em virtude da sua grande percentagem de flúor: considera-se uma água meso-termal, fracamente mineralizada, brotada a uma temperatura entre os 25 e 30 graus, hipossalina, sulfúrea, fluoretada e titânica. 
Estiveram abertas desde aquele ano até 1995, ano em que encerraram por cerca de 13 anos.
No início de 2005 foi concluída a recuperação do balneário termal com novos equipamentos de forma a satisfazer as actuais exigências do mercado. A sua reabertura ao público verificou-se em 2008. )


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Realmente o local seria aprazível de os acessos por estrada fosse bons, mas não são.

Em redor do balneário (ainda em obras) como podem verificar pelas fotos, está tudo destruído ao abandono. 

Apenas uma pequena igreja e o balneário reconstruido assinalam o lugar.

Não há uma residência em redor, os supostos apoios em redor das termas apesar de construção de pedra granítica, completamente abandonados.

Não que fosse por roubo porque no interior caricatamente encontra-se intactas as casas de banho com loucas brancas e toda a tubagem, nas cozinhas as bancas de pedra de apoio e as chaminés interiores matem-se intactas.


As silvas já vão avançando e tomando conta de tudo. 



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Duas enormes casas de 1º andar supostamente seria o hotel ou a casa senhorial á época, fechadas, choram de tristeza viradas para uma estância que já conheceu melhores dias, mantendo nas janelas os velhos cortinados de renda.

Ouve-se a água correr no meio de uma luxuriante verdura e nada mais.

Não há nada nem ninguém, sequer onde se compre uma água.

Dá pena ver os curiosos como eu chegarem, darem a volta e regressarem completamente desiludidos

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É este o Portugal eleito internacionalmente como o pais ideal para visitar, apenas se esqueceram de dizer “visitem os locais por nós assinalados” como as beira-mar ou as capitais.

Esse interior maravilhoso onde se respira ar puro das matas, e os campos ferteis aguardam que lhes esventrem a terra e cultivem de searas verdes com espigas ondulantes ao vento,e que foram abandonados pelos que foram para as cidades, onde nasce  o rosmaninho o alecrim que perfumam o ar, a papoila as giestas brancas e amarelas que embelezam os campos, não vale a pena porque até aqui não chegou tostão dessa imensa divida que temos com a CEE.

E esta tudo ao abandono.!