Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sábado, 14 de maio de 2016

Fim de tarde!

Uma mesa, quatro cadeiras na esquina do varandim de um café,numa cidade longínqua onde o dia era quente e a noite fresca.

As tardes calmas, o sossego da rua as gentes que de quando em vez passava, ora de carro no “ passeio dos triste” ora a pé caminhando vagarosamente como arrastando as horas do dia.

De Coca-Cola na mão perdia-se de olhar ausente pelo passeio da rua onde as acácias a enfeitavam com suas cores, na expectativa da chegada de alguém que talvez chegasse, ou não.

No copo meio vazio já o gelo se derretera, a bebida ainda fresca que levada aos lábios num bebericar como que beijando-a apenas.

Sentia o fresco nos lábios e na boca, de seguida pousava-o na mesa devagar porque o tempo não passava, se arrastava aos fins de tarde
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O sol já perdera a força escondendo-se por de trás das margens do rio como se mergulhasse nas águas cristalinas e frescas ao fim do dia.

Como formigas iam desfilando miúdos e sícanas de vestidos de chita curtos e decotados, de corres vivas berrantes, sandálias nos pés nus e missangas enfeitando os pulsos.

Lançavam risos acompanhados de conversas triviais, com saltinhos e brincadeiras em direcção ao jardim a beira do rio

A noite caía, iam chegando gentes que ocupavam outras mesas gozando o fresco do fim da tarde, e convivendo como era usual.

Ele ali continuava, naquela mesa do canto já com alguns copos vazios numa espera infinita, até que desiste.

Desiste da espera ou do fresco da noite, não sei, eis senão que desce as escadas e caminha para o fim da rua cabisbaixo.

Talvez alguém desistisse da sua companhia ou apenas adiasse para mais tarde no escurinho do cinema mesmo ali ao lado.



quarta-feira, 11 de maio de 2016

Os meus Blogues!







Há dias um cibernauta visitou as minhas paginas dos Blogues, o de historias e o de poesia e enviou-me uma linda mensagem de incentivo à escrita.

O “Saudades da Flor de Acácia” dizia-me ele, floresce a cada letra que escrevo.

Não o conheço mas na verdade as suas palavras deixaram-me feliz, aquela felicidade interior e boa de quem vê um incentivo ao que faz.

A flor de Acacia como sempre disse é um espaço onde me sinto feliz com as minhas memorias, historias, desabafos ect. Um espaço sempre disponível à minha presença num silencio maravilhoso que me permite ser eu inteiramente, que me ouve sem ripostar, onde o tempo não conta e as letras ficam para sempre.

O meu refugio, o meu abrir de alma onde deixo historias que actualmente não poderei contar a cada um dos filhos e netos talvez porque não entenderiam e só mais tarde as irão ler.

O meu cantinho de poesia, “Capulanas da Alma” é apenas um lugar etéreo onde me recolho e permite exprimir aquilo que esta dentro de mim quando meu coração grita sentimentos indescritíveis.

São "capulanas" da minha terra, cheias de cor, onde me envolvo sonhando, deixando de ser eu terrena mas poderosa, cheia de sentimentos imensos, gritos silenciosos que apenas escrevendo se entendem.

Adoro os meus refúgios.

Nem de propósito há dias ofereceram-me uma caneta invulgar diga-se de passagem, um trabalho que veio de África, essa minha terra maravilhosa, toda trabalhada a missanga cujo símbolo vim a saber ser o do Poder.

Pois bem era o que me faltava, para me acompanhar neste meu mundo, transmitindo o poder de continuar a ser eu, na minha escrita nos meus lugares preferidos.




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