Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

segunda-feira, 6 de março de 2017

CHOVEU EM TETE




E chove, chove aqui e na nossa terra, como choveu há muitos anos. Ha cidades de Moçambique inundadas.

Diziam os antigos que Tete era uma ilha abraçada pelo Zambeze que se estendia pelo Nhartanda mas devido ao assoreamento do rio o canal secou.

Tete no entanto foi sendo construida numa elevação na margem direita do grande rio.

Quando das grandes chuvadas lá corria a agua pelos caminhos antigos deixando a terra preparada para que quando a mesma descesse o povo fizesse as suas machambas.

Nessas zonas e porque nem sempre a agua que corria incomodava os ali residentes, foi-se construindo tendo por fundo o aeroporto rudimentar, uma casinha pequeno junto à pista onde todo o serviço aéreo se efectuava.

Eram os aviões de carreira, os táxis aéreos e todo serviço de aviação da cidade de Tete.


Houve um ano que foi tal a chuvada que inundou mesmo toda aquela zona deixando debaixo de agua inclusive os aviões..

Um corridinho para quem naquela cidade tudo que acontecia de diferente e havia que “rubricar o milando” como se dizia por lá.

Do meu arquivo de imagens consegui apenas duas fotos que certamente darão a ideia de como ficou aquilo.

Tenho todo um filme sobre o passado, mas em super 8 pois era hobby do meu pai filmar e não fotografar e ainda não consegui passa-los para o moderno.

E chove não tanto como na altura mas que deu para me recordar a ida ao local na altura, e que de corpo quase todo fora da janela do volvo de meu pai esticar-me toda para ver tudo.

É bom estar a olhar pela janela e recordar bons tempos