Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

domingo, 28 de abril de 2013

Os Idosos

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Deserto de sal em Tozeur


Olho o futuro como um deserto, árido, extenso onde se não vislumbra o términus.
Portugal terra de gente triste, solitária, pobre sem família e com fome.
Há dias num canal de televisão passou uma reportagem sobre a assistência nos alunos Apolo de Lisboa a idosos.
Um local que se imagina de música, alegria passos leves cadenciados que bailam com arte e mestria.
Vestidos fluidos dourados e de lantejoulas, corpos elegantes que se movem ao ritmo da música tal como o trigo ao sabor do vento.
Gente nova ou não que embalam a vida ao som magnífico da música.
Neste mesmo local os idosos, esses seres que nos merecem todo o respeito pela vivência e ensinamentos que nos foram deixando, gente culta ou nem tanto que viveram tempos áureos, hoje remetem-se á condição de “pedintes “ dum lugar digno neste país.
O Alunos de Apolo, mais um local que os recebe e lhes mata a fome, uma simples malga de sopa e um pratinho de massa ou arroz, tira-os da condição de miséria da fome.
Dizia uma das idosas entrevistadas:
-“Oh menina a minha reforma é de 350€ a renda de casa o senhorio aumentou para 150€, com que fico para os remédios e comer. Não fosse esta santa ajudinha”
Como esta instituição, há imensas por aí, Caritas, Misericórdias, cantinas sociais etc.
Afinal somos um país de miséria encoberta, sustentada pela caridade de todos nós porque afinal somos um povo que se ajudam uns aos outros, e os políticos que fazem:
Assobiam e viram a cara para outro lado enquanto se preparam para mais cortes sociais nesta gente que já de si vive na miséria.
Triste pátria que nem reconhece  e maltrata seus filhos!