Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

terça-feira, 20 de maio de 2014

“Maningue lixada”

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Novamente de coração em ritmo cardíaco elevado, tomei lugar no cadeirão da sala para assistir a segunda parte de uma reportagem sobre Moçambique que prometia.

Uma expectativa quase dolorosa para quem partiu há tantos anos trazendo na bagagem um amor incondicional aquele país transformado numa saudades imensa.

Num país onde se tropeça em histórias de vida de tantos portugueses que ali viveram e tiveram que “obrigatoriamente” deixar para trás, tanto havia que mostrar.

E com milhares de olhos postos no ecrã esperávamos ver locais e cidades onde decorreram essas vidas passadas que jamais serão esquecidas.

Viajar um pouco por terras e cidades esperando ver num relance que fosse locais de saudades de tantos portugueses.

Mas não apenas  passaram imagens dessa terra acompanhada e uma linda marrabenta focando principalmente na exibição de hotéis de luxo e pouco mais.

Uma entrevista aqui ou ali de gente que se vê estar ali porque o emprego é aliciante e nada mais.

Saltar de cidade em cidade mostrando quase nada.

Passar por Pemba e mostrar apenas a baía, Nacala apenas o porto marítimo, Beira nem constou Maputo de longe, Tete e Moatize uma província riquíssima em minério sem mostrar um pouco das cidades, apenas ao longe a extracção de carvão ao ar livre e focar Cahora Bassa que diariamente aparece bastas vezes na comunicação social.
Valha ao menos as imagens da vila .

Diria que foi mais uma divulgação dos negócios e investimentos do próprio país.

A mensagem da primeira parte, era a de que os portugueses eram bem vindos a Moçambique e se haviam integrado facilmente.

Nesta reportagem deu a nítida impressão de que os Portugueses eram traicoeiros e racistas.

E não é verdade, somos “retornados” unidos e vamos tendo noticias e contactos com essa maravilha de País, que nos diz continuar a ser gente de sorriso e braços aberto, como sempre foram.

Uma reportagem pouco cuidada, que prometia mais e esperávamos mais.

E é pena porque de Angola viu-se o desenvolvimento das cidades o “modus vivedi” de todos, residentes locais e novos emigrantes.

Uma reportagem cuidada  daquele país, por terra, não de avião e com muita disponibilidade e imagens.



domingo, 18 de maio de 2014

A MODA DA MARMITA

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Esta semana a caminho do serviço fui apreciando as pessoas que chegavam para também iniciar o dia de trabalho.

Umas mais “casual” outras nem tanto, mas bem arranjadas não fosse Viseu a terra da vaidade.

No entanto para meu espanto desfilavam desde os executivos ao lojista todos com uma lancheira.

Os executivos de pasta de cabedal na mão e computador pendurado ao ombro, na outra uma lancheira.

E descontraidamente caminhando para um novo dia como se sempre a mesma fizesse parte dos pertences indispensáveis que carregam.

Não imagino o que possa estar dentro no entanto ao que conheço do povo português, não é a “sandwich” que o satisfaz durante um dia de trabalho, até que para isso a teria metido dentro da pasta.

Imagino o quanto saboroso prato ali levam para descansadamente degustar á hora de almoço sem ter de enfrentar o trânsito para ir a casa ou despender cerca de 10 euros num qualquer “boteco” a essa hora.

Na realidade quer queiramos quer não, é bom ir a um restaurante degustar uma refeição calmamente de quando em vez.

Mas diariamente, além da hora de almoço ser curta, também o tempo de espera mesmo curto é sempre longo mais se levarmos aquela preocupação de algo que ficou pendente no serviço o que desde logo se come a correr e nem sempre se saiba o que se come.

Por detrás daqueles balcões onde se come a correr uma sopa, um "bitoque" ou seja lá o que for nem sempre há qualidade nos cuidados de higiene da confecção. Mas negócio é negócio e para o fornecedor isso nada interessa.

Há dias alguém do “back off” da cozinha de uma unidade de “fast food” a portuguesa comentava que ali nada se estragava por isso havia decidido pela venda da sopa que é passada não dando para identificar o que la foi posto.

Para não falar nos tais croquetes e rissóis de peixe, leitão etc.

Alguém acredita que se faça um recheio de leitão fresco para confeccionar os ditos rissóis?

Nem falo no preço que levam, pois por um sumo e um rissol nunca menos de 4 euros, e alguém fica almoçado apenas com isto. É só somar o quanto se gasta por dia nisto, no café, no lanche etc. alem do quanto faz mal a saúde.

Pois bem voltando as ditas marmitas, certamente sabem o que ali levam, talvez até o resto do seu jantar mas que não deixa de ser saudável para o almoço do dia seguinte. 

E saladas, essas que se vendem nos restaurantes ao preço de uma horta inteira, nelas vai certamente uma bem lavadinha com imensos ingredientes, temperada a gosto que satisfaz qualquer um.

E o negócio das marmitas também ajudaram á desinibição de carregarem com elas pois são de extremo bom gosto, cores da moda e para os cavalheiros personalizados.


Mau para os restaurantes talvez, mas bom certamente para a saúde e algibeira de cada um.

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Eu já a uso há muito tempo e não me arrependo!