Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

200 Mil portugueses saíram do país

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È esta a noticia do dia, tristemente ouvida por milhares de portugueses

È mesmo, uma autentica debandada de gente jovem, cheia de cursos e mestrados, a quem o nosso país investiu na formação para lhes dar futuro algum.

A indispensável ajuda á economia deste país está a fugir para onde lhes oferecem um emprego bem remunerado um reconhecimento justo e um futuro.

Os “brutais” cortes nos vencimentos, alem dos impostos que deixam as famílias de mãos vazias e sem saber que fazer da vida.

Por cá, economia é palavra que desconhecem, só assim se entende o imenso desemprego fruto de politicas actuais.

Bem vistas as coisas vivemos todos de mão estendida esperando as esmolas duma Europa que nos atirou ao charco.

Dentro de anos a população de Portugal será apenas idosos sem qualificação alguma com uma reforma miserável que nem da para comerem e abandonados

Comprovei esta semana mesmo, pela necessidade que tive de encontrar um medico que acudisse á minha mãe, senhora de 85 anos, a quem o frio fez das dele.

Telefonei ao seu medido de família, impossível pois ia de ferias, medico de substituição também impossível, o numero de pessoas que lhe esta determinado já esgotara, fgui para infindável fila de espera do hospital, impossivel.

Consegui pelos conhecimentos e amizades que ainda tenho que fosse consultada, no entanto questiono, e tantos dos nossos idosos como ficariam?

A morrer sós em casa depois de sofrem de exaustão do dos males do corpo e da alma.

Fome há fome em Portugal

Nunca pensei que um país democrático, vindo dum 25 de Abril deixasse cair no maior abandono os Jovens, idosos e crianças.

Pergunto, è este o Portugal que prometeram ao povo quando das eleições?




domingo, 20 de janeiro de 2013

Depois do Adeus (RTP1)

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       imagem -http://retornadosdafrica.blogspot.pt/
Passou ontem da RTP1 uma serie sobre os retornados.
Não consegui ver porque as lagrimas toldavam-me a visão, senti-me transportada para um percurso do passado que quis esquecer, porque a loucura se apoderava de mim, fruto de contantes depressões que me iam deixando mais e mais afastada da família e de tudo de bom que a vida ainda me poderia dar.
Sei que estes episódios fazem parte da história de Portugal “a Descolonização”, uma parte vergonhosa da história, por isso não tem interesse relembrar, porque quem passou nunca esquece e os de hoje, também não interessa nada.
Foram anos de luta contra as lembranças desse passado que nos deixaram sem nada, recambiados para um país de gente inculta libertada dos grilhões dum fascismo para uma liberdade inesperada, que depressa esqueceu o que sempre foram, a miséria que passaram, esquecendo todos os valores humanos.
Gente invejosa, e má que “odiava” mesmo os familiares que se aventuraram por Africas desconhecidas passando tormentas para sobreviver e fazerem uma vida melhor que a que haviam deixado em Portugal.
Chamavam-nos os “Retornados”, que vínhamos habituados a explorar o “preto”, que tínhamos de uma vida esplendorosa por isso havia que castigar-nos para sabermos o que era trabalhar no duro. Lambões, diziam eles!
O castigo incluíam as portas fechadas das casas das famílias, o abandono total em pensões manhosas onde o IARN alojava num quarto toda uma família, a troco de um parco subsídio e que se desenrascassem.
Havia distribuição produtos alimentares e roupas usadas vindas da Europa para apoios a todos,, normalmente fazia-se nos quarteis dos Bombeiros voluntários, para onde se dirigiam famílias que em Africa viviam bem, para fazerem parte dessa fila imensa “mendigando”, a farinha o óleo a manteiga, enlatados, uma manta de contratado, um casaco surrado uns agasalhos velhos para aquecer nestes invernos terríveis.
As mãos gretavam do frio da água dos tanques enormes onde se lavava a roupa, e da cera que esfregávamos nos soalhos velhos onde por caridade habitávamos.
Sem empregos, com os filhos agarrados a nós de olhitos esbugalhados como que tentando entender o porquê de tudo.
Eramos os “Retornados”, palavra que fechava as portas a quem precisava de emprego e estigmatizava uma pessoa.
Se faltava água, a culpa era dos “retornados” que a gastavam em banhos escusados a que vinham habituados.
Na escola, não brincavam com os nossos meninos porque eram “retornados”.
E passaram muitos anos até compormos a vida, sabe Deus o que passamos as lutas que travamos no dia-a-dia o quanto tiramos da boca para matar a fome aos filhos, as lagrimas que choramos para termos o nosso lugar e nos aceitarem na terra que diziam nossa.
Foi este o país para onde os nossos políticos nos empurraram, hoje o país de políticos corruptos, das famílias no desemprego, na fome e sem futuro.
Não, jamais esquecerei tudo que passamos mas fechei estas memórias em gavetas que não quero abrir por isso choro a minha Africa que nunca nos rejeitou até aos dias de hoje.
Enquanto Portugal anda de mão estendida á Europa numa queda económica “monumental” esmifrando o povo com impostos para pagar dívidas dos políticos que fugiram das responsabilidades, Africa cresce.
Mais propriamente Moçambique que digam o que disserem cresce a olhos vistos!
Talvez por isso a "debandada" novamente para terras de Africa já começou!