Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

domingo, 3 de março de 2013

HABEMUS PAPAM ?





Hoje é domingo e estou a trabalhar, faz-me falta ouvir a missa mas não em qualquer igreja como deveria ser mas em minha casa em frente a Televisão no silêncio total, com uma atenção que não consigo ter quando no templo.

A isto se deve entre muitos o barulho os cochichos e a feira de vaidades de quem se veste para ir a missa como se fosse a uma festa “socialite”, as beatas que batem no peito e saindo fazem mal ao próximo, com o padre a despachar porque tem outras freguesias para atender.
A acrescentar o grande turbilhão em que se encontra a religião católica.

A figura do sacerdote para nós era aquele que representava Deus na terra a ele se dedicava com exclusividade o que lhe dava toda a disponibilidade para tomar conta de seu “rebanho” quando precisássemos de uma palavra de alento, de esperança, estar presente quando alguém atravessa um momento menos bom da vida ou seja uma dedicação total á causa que abraçou.

Como recordo o padre Castro que tirava da boca o pão para ajudar os pobres.

Hoje qualquer sacerdote passou a ser comum com outras profissões, bem remuneradas a tempo inteiro, bons carros, viagens caras, boas vivendas etc. que o deixa sem tempo para a igreja.

Elas continuam de porta aberta, para quem quiser ir até lá rezar mas vazias, inseguras e um convite aos ladrões como tem acontecido.

A igreja passou a ser um comércio indescritível, seja pobre ou rico se necessitar que seja rezada uma missa por alma dum ente querido terá que arranjar cerca de dez euros para pagar o serviço, alem de que nela são incluído varias alminhas, não falando dum baptizado, casamento ou funeral que aí a parada sobe.

Os pobres não podem fazer nada disto porque mal chega o dinheiro para alimentar a família, logo reza em casa, ou muda de religião.

Mas quando a fé é grande amamos nosso Deus deixando para trás o que poderia afastar-nos, e fazemos tudo para não perder essa crença e fé na religião e fico atónito quando algo acontece como por exemplo a resignação do Papa.

Muito se fala das razões que o levaram a faze-lo, e a ser verdade uma das quais a pedofilia nos padres.

Eis uma questão que infelizmente é real seja por que motivo for nada justifica existir, logo para quando a coragem de fazer a limpeza total nesta situação. Doesse a quem fosse era urgente tomar uma atitude radical fossem eles seminaristas, padres, ou cardeais.

Na comunicação social, não falta assunto quando ao modo de viver no vaticano, as roupas confeccionadas em exclusivo, o calcado na melhor pele, importado etc.

Afinal Pedro fundou a igreja calcando um par de sandálias de pescador, há mesmo necessidade de tantos luxos para quem vive dentro de quatro paredes, aquecidas e confortáveis?

Que se viu de novo ao longo de tantos anos foi uma ignorância total ao que de mau se passa e nada que possa corrigir, renovar e dignificar a nossa religião.

O povo não é estupido pode ignorar muitas situações apenas porque a sua fé é inabalável.
Não entendo justificação alguma para este acto, porque se foi eleito para representar Deus na terra, cumprisse até ao fim.

Aqui lembro Joao Paulo II que apesar de doente, até a morte esteve presente.

Agora, confesso que este Papa mostrou um desprendimento, nomeadamente contra uma tradição, porque de facto há 600 anos que não havia um Papa que resignasse, e não resolveu problema algum.

O catolicismo tem que ser uma religião séria, fiável e renovada.

Assim espero.


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