Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

VELHAS AMIZADES

E eu que penso assim!

Mas passam os anos e vejo que tudo se afasta, todos se isolam e amizade por muito que se tente manter vai definhando

Talvez pela tão grande mudança de vida, preocupações com o futuro, nosso e dos filhos, a falta de emprego tudo numa conjectura moderna que acaba por fazer de nós bichos isolados de tudo e todos.

Ah, como me lembro dos tempos em que nos juntávamos ao fim da tarde num qualquer café da esquina ou até mesmo á beira do rio aquando da voltinha dos tristes se parava o carro ao lado de outro e de braço de fora gesticulando como era uso naquelas terras, se ia deitando conversa fora, se falava de tudo e de nada, onde rir era o melhor da vida.

Aos domingos havia sempre as tardes ao fresco no jardim de alguém, incluído o lanche, e ali ficávamos na conversa enquanto os miúdos brincavam alegremente, até que ao cair da tarde regressávamos a casa.

Recordo quando fui viver para a Rhodesia, para onde foram algumas família de Tete também, éramos poucos e por vezes o isolamento poderia instalar-se, mas não acontecia porque esses mesmos amigos juntavam todos, levando cada um o seu próprio almoço que junto na mesa todos se serviam e ali ficávamos a tarde toda.

São amizades de uma vida, que nem o passar dos anos se esquecem.

Como sinto falta do convívio e dos abraços amigos, do rir por tudo e por nada como desafiando a vida, infelizmente olho o espelho e vejo apenas rugas de tristeza e solidão.

Agora mesmo vivendo na mesma cidade, cada um se isola e passam meses sem que nos encontremos.


É pena porque o homem  é um ser sociável por natureza.

Sem comentários: