Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

quarta-feira, 30 de maio de 2018

A MEDALHA


Encontrei, encontrei após muitos anos no fundo de uma mala das que ao longo destes anos guardava coisas que minha mãe achava sem interesse pelo tempo que já havia passado , e apenas ali estava como recordação das filhas.

Com a vinda de África muita coisa foi acomodada em arcas que viajaram fechadas como que ali estivesse um tesouro e apenas foram abertas de quando em vez para ali colocar bolas de naftalina para que se conservasse o que lá descansava como recordação.

Realmente com esta mudança radical a que fomos obrigados, muita coisa se perdeu dentro delas tais como roupas que de nada serviam, e outras minúcias sem interesse, abri-las e expor, já não teria uso algum.

Para mim quando algo antigo, esquecido encontro, torna-se num tesouro, poderá nada valer mas leva-me exactamente ao tempo que eram usadas e como tal pertencem a historia da minha vida.

Desta vez encontrei uma medalha que ao tempo era usual andar pendurada nos berços ou no carrinhos de bebé  para que fossemos guardadas de todos os males.

Quando nasci o meu carrinho de bebé, era diferente das “bombas” que hoje por ai de vê e a um preço quase diria de um Rol-Royce., e numa foto que tenho guardada lá está a medalhinha que de valor nada terá pois em volta um trabalhado de plástico apenas a enfeita.

Não sei quem a ofereceu mas efectivamente existem duas, uma seria minha outra da minha irmã.

Ali baloiçava presa a uma fita de laço perfeito, colocado no cimo do carrinho.

Com o tempo era mudada para as caminhas para onde dormíamos por já não cabermos no carrinho.

Já se não usa hoje em dia, mas eu tive uma que no tempo se usava e guarda la-ei com o mesmo carinho que minha mãe usou ao ali coloca-la.





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