Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Que dor esta!

imagem da internet
 
 
Há dores de alma, amor, paixão, de ciúmes, do corpo ...
Uns mais que outros mas todos sofrem as suas dores, umas com epílogo feliz, outras nem tanto.
Com o passar dos anos, as dores que eram pequenas ou suportáveis vão-se agravando, passando a ser mais doridas, mais insuportáveis, acomodando-se como fazendo parte de nós mesmo.
As do corpo passam a ser, minimizadas por pilulas medicinais que por vezes curam um mal e causam outro.
As dores de amor há muito se esfumaram, substituídas por companheirismo doce e insubstituível, de quem nos acompanha há longos anos, ou ausência delas devido a partida inesperada desta vida.
As dores de alma também se não curam, amenizam-se com uma lagrima, uma nostalgia que toma conta de nós e nos faz fechar o coração para o mundo que nos rodeia.
Faz-nos companhia nas longas noites de insónia ou nas tardes invernosas em que se perdem no olhar ausente enquanto sibila o vento e cai a chuva.
Mas com o avançar da idade , cai o silêncio em nós e uma nova dor nasce.
Aquela dor, quando se sentem a mais na vida dos filhos a quem tanto deram, por quem tantas lagrimas verteram, e agora uma total ausência de atenção e cuidados, muitas vezes num abandono total.
Que dor esta, sem cura e que dói e mata com a solidão!
 


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