Que meus filhos e netas recordem o meu amor pela escrita! Afinal as histórias são feitas para serem partilhadas. Só assim elas se propagam e se perpetuam...

domingo, 27 de janeiro de 2013

E se lhe retirassem um filho?

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Conhecedora do interior deste país, encontrei muitas famílias pobres das que viviam do que a terra lhes dava á custa de muito trabalho braçal, de muitas noites mal dormidas mas de refeições, com a mesa cheia de filhos, os que Deus lhes dava,  de olhitos vivos aguardavam a malga da sopita um naco de pão, tecto de abrigo e um carinho do pai e da mãe que nunca faltava.

E criavam-se, correndo pelos campos muitas vezes de calções remendados e descalços mas felizes, um gosto ouvir suas gargalhadas.

Tempos difíceis que não havia seguranças social nem crise demográfica, as crianças cresciam, criavam-se e faziam-se homens.

Esses homens que fizeram este país crescerem.

Nos tempos “modernos” da tal segurança social “inventada” para melhorar a vida ao povo, a coisa complica-se.

Refiro-me neste caso a protecção das crianças, e a ultima noticia que me incomodou, a retirada a uma mãe, de sete dos dez filhos que o casal tinha porque a sua religião condena métodos de contracepção.

Confesso conhecer apenas o que a comunicação social nos diz, mas pelas imagens que vi do casal e da casa do mesmo não me pareceu que estivessem mal instaladas ou abandonados.

Assim sendo, haverá sitio mais seguro que os braços de uma mãe?

Então porque a pressa de os retirar, estavam em risco por serem muitos, e assim passam a estar em segurança.

É que há crianças referenciadas, que não são tão numerosos e acontecem as coisas mais bizarras e não as vão buscar.


Lembro o caso bem recente das duas crianças que a mãe matou pegando fogo á casa, ou o caso Joana desaparecida, e os que diariamente aparecem no jornal, abusadas sexualmente, que fez esta instituição para deixar chegar a este ponto?

Como explicitamente diz o nome “Segurança Social”, isto não é o que está acontecer.

Se esta mãe que tem 10 filhos é uma boa mãe, e precisa de ajuda, que se dê porque garanto que nenhuma instituição ama mais as crianças que a própria mãe.

Não ficaria mais em conta ao estado a ajuda a estas famílias numerosas que o quanto uma criança custa nesses centros?


Mas retira-las como quem leva cachorrinhos e coloca-los em instituições muitas delas não passam de centros de recolha onde as crianças ficam “tudo ao monte e fé em Deus”, é de ponderar.


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