O imponente rio Zambeze nasce na Zâmbia, passa por Angola, alarga-se
na sua bacia hidrográfica de 150 800 km², dele nascem rios afluentes em todo quadrante sudoeste de Angola, quase beija
a fronteira com Botswana, e visita a Zâmbia na sua fronteira com Zimbabwe
espalha a suas águas nas cataratas de Victoria com uma extensão de 1708m e uma
queda de quase 100metros, as maiores do mundo, entra em Moçambique com toda a
sua imponência.
O homem tenta trava-lo com a barragem do Caribe na fronteira
entre a Zâmbia e o Zimbabué e a Cahora Bassa, em Moçambique. Estas barragens
são uma das maiores fontes de energia eléctrica para a sub-região da África
Austral e as suas albufeiras são igualmente palco de importantes pescarias.
Diziam os antigos que nas suas margens havia outro e pedras
preciosas.
Em seu leito muitos peixes que alimentavam as gentes por onde
passava, também crocodilos, hipopótamos etc.
* imagens da internet
Como me recordo das almadias que logo de madrugada saiam à pesca
trazendo o pende amarrado aos molhos com uma “cambala”, e vendiam-no tão
fresquinho.
Tive o privilégio de nascer junto às suas margens, ouvindo os
sons ora calmos ora fortes na sua passagem, trazendo com ele recados de outros
povos, outras terras por onde passou como grande guerreiro de Africa.
Bastas vezes me banhei nas suas aguas, atravessei as sua margens
umas vezes a medo outras prazeirosamente.
Quando criança atravessava o rio em barcos rudimentares substituídos
depois por barcos com motor.
* imagens da internet
Mas era divertido.
À noite sentada nas escadas do cais no jardim da alfândega,
ele corria manso deixando ouvir o cantar das cigarras enquanto os pirilampos iluminavam
a noite.
Era ao fresco que olhávamos para o rio, e para as luzes da outra
margem, ou de alguma barcaça que se aventurava naquelas aguas aquela hora.
No tempo das chuvas vinha a corrente forte levava tudo, os peixes os crocodilos os restos
de mato que limpava ao passar, e subiam as aguam desordenadas invadindo as
margens algumas vezes o jardim.
imagens da internet
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