E
chove, chove aqui e na nossa terra, como choveu há muitos anos. Ha
cidades de Moçambique inundadas.
Diziam
os antigos que Tete era uma ilha abraçada pelo Zambeze que se
estendia pelo Nhartanda mas
devido ao assoreamento do rio o canal secou.
Tete
no entanto foi sendo construida numa elevação na margem direita do
grande rio.
Quando
das grandes chuvadas lá corria a agua pelos caminhos antigos
deixando a terra preparada para que quando a mesma descesse o povo
fizesse as suas machambas.
Nessas
zonas e porque nem sempre a agua que corria incomodava os ali
residentes, foi-se construindo tendo por fundo o aeroporto
rudimentar, uma casinha pequeno junto à pista onde todo o serviço
aéreo se efectuava.
Eram
os aviões de carreira, os táxis aéreos e todo serviço de aviação
da cidade de Tete.
Houve
um ano que foi tal a chuvada que inundou mesmo toda aquela zona
deixando debaixo de agua inclusive os aviões..
Um
corridinho para quem naquela cidade tudo que acontecia de diferente e
havia que “rubricar o milando” como se dizia por lá.
Do
meu arquivo de imagens consegui apenas duas fotos que certamente
darão a ideia de como ficou aquilo.
Tenho
todo um filme sobre o passado, mas em super 8 pois era hobby do meu
pai filmar e não fotografar e ainda não consegui passa-los para o
moderno.
E
chove não tanto como na altura mas que deu para me recordar a ida
ao local na altura, e que de corpo quase todo fora da janela do volvo
de meu pai esticar-me toda para ver tudo.
É bom estar a olhar pela janela e recordar bons tempos