Pois
é as minhas recordações vão para lá do quase impossível.
Deste
vez deveria a eu ter uns 6 aninhos, aliás como já antes contara fiz
a 1ª classe numa escola mista perto de minha casa pois ia a pé com
um grupinho de negros da minha idade que se sentavam a meu lado na
carteira da escola. Eram os meus amigos com quem eu brincava e até
mesmo deitados do chão da varanda, de barrigas para baixo e lápis e caderno na
mão la fazíamos os trabalhos de casa., ou seja o alfabeto em
cadernos de duas linhas para que desde logo a caligrafia fosse
apurando.
A
professora uma senhora já com alguma idade de nome D. Dativa era uma
doçura de pessoa que nos ia ensinando calmamente as primeiras
letras.
Vivíamos
na altura em Moatize, no bairro no bairro das minas, onde também
tinha as minhas amigas para brincar “às apanhas” ao lencinho e
outros jogos do tempo.
Passaram
muitos anos, acabei por me separar de todos pois meu pai mudou-se
para Tete.
Do
mal o menos fui reencontrando uma ou outra menina que estudava comigo
no colégio lendo para isso que apanhar o transporte de machimbombo e
depois fazer a travessia do Zambeze de barco muitas vezes cheio
demais para a capacidade dele. Mas era África.
Ao
longo destes anos que crescemos, casamos e tivemos os nossos filhos
perdi completamente o paradeiro de muitos, mas esta coisa do face
ajuda muito a encontrar gente desaparecida e que num repente aparece.
Quando
isso acontece dou mil voltas aos meus baús tentando encontrar fotos
que partilho com elas pois certamente as não terão.
E
muito grande esse meu baú mesmo tendo algumas recordações em
filmes super 8 que a qualquer momento me abrirá a caixa de pandora.
Ora
para dizer o seguinte, no artigo anterior falei ao de leve sobre as
recordações desse tempo do Moatize.
Lembro-me
como hoje das fugidas que dava para a vizinhança para uma
brincadeira, numa delas era uma casa mesmo ao nosso lado onde vivia
um casal bastante amigo de meus pais, com 3 filhas.
Na
altura era mais com a Betinha que brincava, a filha mais velha de um
senhor de nome Armando Cravo e esposa Carolina.
Ele
tinha uma mota grande que deixava no descanso junto as escadas
traseiras da casa, enquanto almoçava, ora eu vi a oportunidade de de
me colocar em cima da mota, armada em grande, ainda por cima sem
ninguém por perto que me impedisse. Claro que ainda hoje o meu
tornozelo me recorda aventura.
Esta
semana encontrei uma das irmãs mais novas através do Face, a
Suzete. Gostava de encontrara as outras irmã.
Veio-me
logo á memória uma foto do casamento de seus pais cujo vestido de
noiva achava e acho lindíssimo.
Aqui
deixo a foto do casal que me aturou de pequenina as traquinices
todas.