Margarida 2017
Como
é bom ser avó, ter o privilegio de dar e receber de um ser gerado
pelos nossos filhos, e poder dar-lhes aquilo que a vida nos inibiu de
lhes fazer.
Os abraços e os beijos que recebemos quando chegam da escolinha a
alegria infindável as suas brincadeiras que muitas vezes apesar já
da nossa idade muitas vezes não acompanhamos.
Empurrar-lhes
o baloiço, sob a voz de “mais depressa avó” um perigo que
tememos e que lhes dá um gozo infinito a sensação do vento frio na
cara alem de estarem tão lá em cima e num repente descerem.
Enfim,
um acompanhar que por fim nos deixa de rastos, levamo-los para dentro
de casa na esperança de podermos sentir os ossos todos no lugar
sentada no sofá.
Lá
isso por vezes conseguimos desde que não se atirem para cima de nós
numa de surpresa (o que nos assusta) para se agarrarem ao nosso
pescoço cubrindo-nos de beijos.
Um
dia destes depois de todas as marotices e perante a pergunta
“sacramental” de como correu, o dia ou rendida pelo cansaço vai
desarrumar as coisinhas delas, cadernos e lapis onde “artisticamente”
vai fazendo seus rabiscos.
Um
dia destes com a cara mais descarada chama-me atenção para mostrar
a sua habilidade. O meu nome num canto da folha.
A
primeira palavra que aprendeu a rabiscar entre todas aquelas letras
do alfabeto que diz “ser muito deficel”.
De
apenas 4 anos aprendeu a escrever o meu nome. Bem sei que é super
fácil, repetição de letras etc mas dada a idade e ainda no jardim
escola...
Lá
veio como diz Roberto Carlos, “uma lágrima no canto do olho” um
grande abraço e mil beijinhos aquela reguila que tomou conta da
atenção de todos desde que nasceu, alias como o fez a minha
primeira neta nessa altura.
Será
muito pedir que venham mais e mais netos, para me rodearem de
carinhos e beijos que nem o tempo apaga?
Deus queira que sim!