Que
saudades eu tenho de comprar um simples quilo de azeitonas na mercearia.
Chegada
ao balcão, um sorriso me recebia, e perante a minha solicitação de imediato uma
concha de madeira com buracos me trazia azeitonas para que eu pudesse provar.
Havia
pretas e verdes e a escolha era de imediato decidida e após dois dedos de
conversa lá ia feliz com o saquinho das ditas escolhidas para casa.
Agora
nas superfícies comerciais vejo-me perante uma imensa prateleira de frascos e
embalagens plásticas que me deixam baralhada e irritada com a decisão a tomar.
Com
ou sem caroço, oxidadas, partidas, inteiras, mista retalhada, mista inteira, etc.
etc. para não falar nas inúmeras marcas nacionais e estrangeiras.
Bolas,
eu só quero azeitonas, pretas ou verdes daquelas colhidas no campo e retalhadas
pelas mãos sabidas da nossa gente, mergulhadas em salmoura com louro e rodelas
de laranja.
Das
que vendem a granel pelos nossos produtores e que tão bem sabem!
Que saudades eu tenho de ir ao pote das azeitonas na casa da minha avó.