Placa no Forte em Tete
Hoje bateu
forte a saudade, além de que fiquei muito feliz reconhecer mais uma vez que
Tete deixou profundas marcas nas gentes mais antiga e nos mais jovens.
É que esta
manha ao aceder ao facebook dei com uma data de fotografias imensamente
comentadas por gente jovem, aquela geração depois da minha que vieram de
Moçambique ainda meninas/os e que tão presente tem as recordações dos tempos
ali vividos.
E lembraram
locais, episódios de vida, amizades antigas, professoras, colegas etc.
Estou realmente
emocionada porque todos me dizem que devo ser a única saudosista dum país que
nos deixou partir quase sem nada, deixando o fruto de trabalho de tantos anos
dos nossos pais, e chegando a esta terra e ter que recomeçar do nada.
Deveríamos ter ódio não é?
Mas não, uma
profunda ligação nos une aquelas terras aos seus cheiros as frutas aos locais
onde passamos grande parte da nossa juventude e as gentes que são do melhor que
há.
O que se
passou foi uma situação de uma tremenda repressão durante séculos, que estoirou
mal, bem entendido, mas tinha que ser devem reconhece-lo, acabando por pagarmos
todos.
Quem não
reconhece muitas situações indiscritíveis passadas com aquele povo?
Estou já há
mais anos em Portugal que aqueles que lá vivi apesar de ali ter nascido no entanto
um todo me liga aquela terra.
Só assim se
entende que passados tantos anos ainda se encha uma sala quando chega o dia do
almoço dos Tetenses.
Não há
doutores, nem engenheiros nem machambeiros nem pedreiros, mas pessoas com uma
coração batendo em uníssono por uma amizade que jamais morrerá.
Ali somo
apenas Tetenses, aquele que nas memórias tem sempre uma história para contar
que nos interliga todos, de tal modo que a passam aos nossos herdeiros o que
muito me apraz ver tantas presenças de filhos e netos que apenas ouviram falar
dum país maravilhoso que fez todos felizes.
Deixo mais uma recordação que talvez muitos já nem se lembrem !
A todos
aqueles que nos trazem notícias da nossa terra o meu agradecimento.
Façam favor de
ser felizes.!