Hoje é domingo
e estou a trabalhar, faz-me falta ouvir a missa mas não em qualquer igreja como
deveria ser mas em minha casa em frente a Televisão no silêncio total, com uma
atenção que não consigo ter quando no templo.
A isto se deve
entre muitos o barulho os cochichos e a feira de vaidades de quem se veste para
ir a missa como se fosse a uma festa “socialite”, as beatas que batem no peito
e saindo fazem mal ao próximo, com o padre a despachar porque tem outras
freguesias para atender.
A acrescentar
o grande turbilhão em que se encontra a religião católica.
A figura do
sacerdote para nós era aquele que representava Deus na terra a ele se dedicava
com exclusividade o que lhe dava toda a disponibilidade para tomar conta de seu
“rebanho” quando precisássemos de uma palavra de alento, de esperança, estar presente
quando alguém atravessa um momento menos bom da vida ou seja uma dedicação
total á causa que abraçou.
Como recordo o
padre Castro que tirava da boca o pão para ajudar os pobres.
Hoje qualquer
sacerdote passou a ser comum com outras profissões, bem remuneradas a tempo
inteiro, bons carros, viagens caras, boas vivendas etc. que o deixa sem tempo
para a igreja.
Elas continuam
de porta aberta, para quem quiser ir até lá rezar mas vazias, inseguras e um
convite aos ladrões como tem acontecido.
A igreja
passou a ser um comércio indescritível, seja pobre ou rico se necessitar que
seja rezada uma missa por alma dum ente querido terá que arranjar cerca de dez
euros para pagar o serviço, alem de que nela são incluído varias alminhas, não
falando dum baptizado, casamento ou funeral que aí a parada sobe.
Os pobres não
podem fazer nada disto porque mal chega o dinheiro para alimentar a família,
logo reza em casa, ou muda de religião.
Mas quando a
fé é grande amamos nosso Deus deixando para trás o que poderia afastar-nos, e fazemos
tudo para não perder essa crença e fé na religião e fico atónito quando algo
acontece como por exemplo a resignação do Papa.
Muito se fala
das razões que o levaram a faze-lo, e a ser verdade uma das quais a pedofilia
nos padres.
Eis uma
questão que infelizmente é real seja por que motivo for nada justifica existir,
logo para quando a coragem de fazer a limpeza total nesta situação. Doesse a
quem fosse era urgente tomar uma atitude radical fossem eles seminaristas, padres,
ou cardeais.
Na comunicação
social, não falta assunto quando ao modo de viver no vaticano, as roupas confeccionadas
em exclusivo, o calcado na melhor pele, importado etc.
Afinal Pedro
fundou a igreja calcando um par de sandálias de pescador, há mesmo necessidade
de tantos luxos para quem vive dentro de quatro paredes, aquecidas e confortáveis?
Que se viu de
novo ao longo de tantos anos foi uma ignorância total ao que de mau se passa e
nada que possa corrigir, renovar e dignificar a nossa religião.
O povo não é
estupido pode ignorar muitas situações apenas porque a sua fé é inabalável.
Não entendo justificação
alguma para este acto, porque se foi eleito para representar Deus na terra,
cumprisse até ao fim.
Aqui lembro Joao
Paulo II que apesar de doente, até a morte esteve presente.
Agora,
confesso que este Papa mostrou um desprendimento, nomeadamente contra uma
tradição, porque de facto há 600 anos que não havia um Papa que resignasse, e
não resolveu problema algum.
O catolicismo
tem que ser uma religião séria, fiável e renovada.
Assim espero.