Rendas
e afins
HISTÓRIA
DA RENASCENÇA!
A
renda Renascença é uma técnica que teve sua origem na cidade de
Veneza-na Itália , em meados do séc. XVI Sua chegada ao Brasil se
deve as freiras missionárias europeias... A Renascença chegou a
Poção na década de 30 , pelas mãos de uma senhora chamada Maria
pastora... Acabou se tornando a principal fonte de renda daquela
cidade... Um bom exemplo disso, é a história de Marina Jorge Souza,
que passou para seus filhos além da técnica das rendas , a
importância do respeito ao próximo e o amor a esta ARTE que faz
parte da família JORGE SOUZA. Motivada por sentimentos como os da
sua mãe, Maria José Jorge de Souza- Zezé - passa a arte da
Renascença a todos que a procuram ; promovendo cursos.
Não
sei se foi assim mesmo como descreve este paragrafo retirado da
Internet mas recorda-me os trabalhos que fui “herdando” das
minhas trisavós, que certamente as noites à lareira ou nos tempos
livres sentadas na soleira da porta de casa, iam passando o tempo
dando ao dedo quando o frio não apertava e obrigatoriamente teriam
que mudar para a lã ser tricotada após tantas voltas dar quando do
tempo da tosquia.
Gerações
depois, anos mesmo recordo o tempo em que no exame da quarta
classe obrigatoriamente tínhamos que saber coser um botão, fazer
um caseado , cozer uma bainha e um fio de croché. Tudo apresentado
num pedaço de tecido que nos era distribuído como se fosse uma
folha de exame normal.
Fui
aprendendo aos poucos com erros ou sem eles pois a saudosa Irmã
Doroteia quando dava conta fazia-nos desmanchar e refazer tudo de
novo.
Descobri
mais tarde que era um excelente tranquilizando para quem tivesse
problemas de nervos ou ansiedade e quando assim me sentia ia buscar o
cesto que eu chamava dos milagres e passado umas horas, deixava de
haver aqueles tentamentos negativos que a nada nos leva, e apenas
passava a existir o olhar atento para o esquema da revista que ao
tempo se comprava a um custo irrisório.
Ora
desde que me reformei como todas sabem ,apesar de ter netas e mãe
para cuidar deixei de ter a mesma vida rotineira que tinha e fui
pegando na velha agulha de crochet nas tardes longas que tenho, e fui
fazendo alguns
trabalhos
que entretanto aparecerem nas revistas novas.
Ora
qual não é o meu espanto quando me dizem que já se não usam
naperons nem rendas em lado algum.
Experimentei
retirar de uma das divisões da minha casa todos que lá tinha.
Olhei
para a sala e sinceramente parecia uma casa despida, sem alma, toda
nua pois até as minhas cortinas tem renda retirei.
Ora
esta moda para mim não pega, e mais me envaidece passar as minhas
tardes, entretida com as coisas ,lindas que vou fazendo.
Agora
já entendo porque quando em Viseu há a feira das velharias e até
mesmo na de terça feira, aparecem montes de rendas, inclusive em
roupa interior usada no muito antigamente.
E
colchas, que levam um tampão a fazer e ficam caríssimas nas linhas,
por lá se encontra no monte misturadas com outras rendas antigas e
modernas, de qualquer maneira abandonadas.
Mais
uma arte que desapareceu e tão linda, que muita gente utiliza para
enquadrar e pendura-los em casa.
Afinal
ainda valem alguma coisa sem as deitarem fora, uma arte portuguesa imitada pelos chineses.