Tenho o estomago embrulhado, assim se diz por aqui quando há
uma má disposição o que me acontece hoje.
Não querendo ferir susceptibilidades, chegou a hora de dizer
o que talvez não deveria para não magoar ninguém.
Tenho visto por aí, uma luta titânica a favor de todos os
animais, e para o homem quase passam despercebidas.
Falo como é óbvio das causas individuais.
É que se o ser humano estiver bem, os animais também estarão
mas se invertermos a prioridades já assim não será.
E falo com conhecimento de causa. Conheci gente que se
dedicava o dia inteiro a tratar e alimentar cães e gatos enquanto em casa os
seus idosos eram ignorados.
Sofriam de solidão, carência de alimentação, doenças etc.
que num desabafo diziam:
·
Se eu fosse um cão…!
Estamos todos nesta sociedade de gente na miséria, idosos e crianças
maltratados
Mas dedicam-se de corpo e alma aos animais.
Que mundo é este?
Da miséria a que este país está votado e cada vez mais, também
há fome de aprender.
Da fome do saber, da cultura a que poucos se dedicam.
Ora bem, hoje ao abrir a minha página do facebook deparei
com o apelo singelo de uma avó que pede a quem possa ajudar, que faculte livros
escolares para o seu neto.
Das gentes de boa vontade e que gostam de ajudar, ninguém
nunca teve a ideia de, para os bairros carenciados, fazer um peditório de
livros e material escolar para os meninos que deixam de ir a escola pelas
razões expostas por esta avó?
E nas juntas de freguesia, não haveria lugar para os receber e ter em deposito e servir a quem precisa-se, todos os anos, ou só serve em tempo de eleições?
Afinal livros escolares e não só, todos têm em casa a sobrar.
Talvez não continuássemos a ser um país de iletrados, de
crianças na rua, marginais que serão amanhã os adultos deste Portugal.
Olhe mais a cima que muitos e oxalá assim seja
sempre!