Há muito que não escrevo aqui, mas porque isto de escrever é um vício,
sempre que tenho á mão um papel e uma caneta lá estou eu a rabiscar ideias com
as quais depois escrevo as minhas histórias
São apenas ossos do ofício que teimam em não me dar tempo para
fazer o que mais gosto, pôr o preto no branco, as histórias que a minha memória
teima em não esquecer.
Mesmo depois de tantos anos o meu amor por vidas passadas em
terras não tão lindas como algumas cidades por este mundo fora, mas acolhedora
e de gente muito boa e amiga teimam em permanecer dentro de mim para sempre.
Foi o que aconteceu hoje quando deparo com uma foto linda que
mostra todo um complexo lúdico construído ao tempo na cidade de Tete.
Direi que para muito era o ex-libris da cidade, para ali convergia
toda a sociedade disfrutando do belíssimo bar onde sentada na esplanada açambarcava
toda uma paisagem linda com o rio aos pés e um pôr-do-sol de meter inveja a
todo o mundo.
Era ali no alto e á direita de quem ia para o aeroporto que ele
se impunha, oferecendo uma brisa de ar fresco nas tardes de canícula, sentados
numa mesa ao fim da tarde frente a uma bebida gelada acompanhada como sempre de
um petisco.
Eram as histórias e a boa companhia do Sr. Ferreira da Silva,
homem letrado de muita boa conversa que nos acompanhava.
Aos fins-de-semana ali se reunia a família e amigos disfrutando
da piscina, fantástica onde muitos aprenderam a nadar e ensinaram seus meninos.
E as festas?
Ora as festas foram memoráveis, passagens de ano, almoços de
confraternização, casamentos e baptizados tudo ali era servido no maior
requinte.
Já não falando nos amores e desamores que havia olhando o nascer
do sol entre beijos e abraços mediando promessas de amor eterno.
Era assim naquele tempo, que nem a guerra nos mantinha em casa,
talvez sentindo-nos protegidos pelo enorme embondeiro que nos recebia a entrada
do complexo.
Belos tempos!!!