Pois
realmente o tempo passa, ainda outro dia estava numa consulta, em
frente ao écran de um aparelho coscuvilhando como seria o
“piolhinho” que vinha a caminho, deixando-me aquela imagem,
confusa, feliz e mil sentimentos que rapidamente se aninham num
coração de avó.
Hoje
em dia já se consegue ver o rosto e todo o bebé num ecran que
parece desafiar-nos na espera que nasça.
Fui
a primeira a vê-la, certo que ainda dentro da barriga da mãe, mas
logo senti um amor incondicional, uma atracção completa entre o meu
coração e o pequenino dela.
São
horas que nunca uma mãe esquece, mas também uma avó, babada como
eu.
A
irmã mais velha deu-lhe o nome de Margarida, achei muito bem, seria
a flor que não precisa de cheiro para todos gostarem dela.
É uma
flor bonita e muitas vezes decepada para lhe arrancarem as pétalas
num bem me quer, mal me quer muito pouco ou nada.
Brincadeiras
de namorados gaiatos como se e resposta que recebem fosse verdadeira,
mas há sempre a tentação de o fazer.
Pois
nasceu pequenina, perdia-se nos meus braços, conhecia-a ao
vivo e a cores como é habito dizer.
E
foi crescendo, sossegada certamente pensando só em mamar para
crescer.
O
tempo passa e faz o seu primeiro aninho, entra no jardim escola, de
bibe amarelo quase lhe chegava aos pés, e sem dar conta, o tempo
foi passando e hoje já faz 6 aninho.
Reguila,
bonita , vaidosa, aos poucos tomando conta do seu espaço entre todos
nós como se só ela existisse.
Pacientemente
é a irmã a minha Maria Miguel, com 9 anos de diferença, que mais a
atura, quando tem que estudar Margarida esgueira-se para junto de nós
chamando a ela toda a atenção.
Em
último recurso refastela-se no sofá em frente á TV e ninguém mais
muda de canal enquanto o 40 e 44 de desenhos animados dispostos só
para ela.
Margarida
minha neta faz hoje o seu 6º aniversario que seja muito feliz, com
muita saúde, e um futuro prospero.