Meu
grande amigo, apetece-me perguntar porque partiste!
Quase
toda a minha vida estiveste presente nos momentos mais importantes da
minha vida e isto há muitos anos.
Sei
que são os desígnios de Deus, mas eu achava-te imortal.
Claro
que a nossa hora chegará a todos mas aos amigos, é como se nos
arrancassem um pouco do nosso coração.
Dei
voltas as fotografias todas desde esse tempo e não pude deixar de
chorar por te perder.
Imagina
que te conheci teria os meus 17 anos, e passaste todos este tempo ao
nosso lado falando de quando em vez ao telefone , perguntando pela
mãe Augusta, como se dela fosse filho também, e anualmente lá
estávamos abraçar-nos no almoço da nossa gente.
Como
me lembro dos tempos de meninas que andávamos por todo lado sempre a
rir e “no mal dizer”.
Estiveste
ao meu lado como padrinho de casamento, e quando nasceu a Luisinha,
batizaste-a.
Em
Portugal conheci a tua companheira Carmo que hoje te recebeu nos
braços, para onde foste.
Deixas-te
a tua marca de amizade na tua filha Joaninha como lhe chamo. Olharei
por ela sempre que precise e nela coloco a amizade que sempre te
tive,
Não
consigo hoje escrever mais pois as lágrimas correm-me pelo rosto, e
cá em casa a tristeza baixou.
Não
posso estar presente no Adeus pois infelizmente estou com um problema
numa perna que me tolhe os movimentos, mas talvez tenha sido um
desígnio de Deus para que não te veja desaparecer num pote de
cinzas.
Meu
querido amigo eterno, jamais serás esquecido nesta família que
durante muito anos também foi a tua.
Que
Deus te receba em seus braços pois mereces pelo que fizeste na
terra.
Até
sempre meu amigo, não nos almoços anuais terrenos, mas na luz de
Deus para onde todos iremos um dia.