Acordou pela manha, o fresco da noite ainda se sentia apesar do
sol vermelho como só em Africa, despontava para lá do Zambeze.
A cidade acordara há muito na calma vagarosa que sabia bem ao despertar,
nas esplanadas já as mesas bem compostas de citadinos madrugadores que
recorriam ao café ou ao matabicho para começarem o dia.
Na rua tais como bandos de xiricos também os miúdos, de bata e livros na mão em grupinhos
se dirijam às escolas, ouvindo-se o som alegre das suas vozes e risinhos.
Ruas arranjadinhas, arborizadas de acácias floridas que além de
sua beleza nos emprestavam a sombra fresca.
De carro rodavam vagarosamente, bem barbeados de brilhantina no
cabelo cheirando a Old Spice, janela aberta
e braço de fora, conduzindo com uma só mão todos estilosos, acenando de quando
em vez as cachopas mais espigadas.
Um acelerar mais forte marcava a sua passagem, e ia rondando o
espaço até soar a campainha sinalizando a hora de entrada no colégio.
E parava o movimento, pelo menos até a hora do intervalo.
Fugia-se as escondidas para o fresco condicionado do Dominó, de
olhos postos no relógio para os encontros ocasionais das meninas com os galãs
daquele tempo.
De dentro do café via-se a rua, os jeeps militares movimentando-se
no edifício em frente outrora um hotel de luxo com piscina e tudo frequentado
pela sociedade acabando em quartel militar.
Era uma cidade feliz.
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