Encontrei, encontrei
após muitos anos no fundo de uma mala das que ao longo destes anos
guardava coisas que minha mãe achava sem interesse pelo tempo que já
havia passado , e apenas ali estava como recordação das filhas.
Com a vinda de
África muita coisa foi acomodada em arcas que viajaram fechadas como
que ali estivesse um tesouro e apenas foram abertas de quando em vez
para ali colocar bolas de naftalina para que se conservasse o que lá
descansava como recordação.
Realmente com esta
mudança radical a que fomos obrigados, muita coisa se perdeu dentro
delas tais como roupas que de nada serviam, e outras minúcias sem
interesse, abri-las e expor, já não teria uso algum.
Para mim quando algo antigo, esquecido encontro, torna-se num tesouro, poderá nada valer mas
leva-me exactamente ao tempo que eram usadas e como tal pertencem a
historia da minha vida.
Desta vez encontrei
uma medalha que ao tempo era usual andar pendurada nos berços ou no
carrinhos de bebé para que fossemos guardadas de todos os
males.
Quando nasci o meu
carrinho de bebé, era diferente das “bombas” que hoje por ai de
vê e a um preço quase diria de um Rol-Royce., e numa foto que tenho
guardada lá está a medalhinha que de valor nada terá pois em volta
um trabalhado de plástico apenas a enfeita.
Não sei quem a
ofereceu mas efectivamente existem duas, uma seria minha outra da
minha irmã.
Ali baloiçava presa
a uma fita de laço perfeito, colocado no cimo do carrinho.
Com o tempo era
mudada para as caminhas para onde dormíamos por já não cabermos no
carrinho.
Já se não usa hoje
em dia, mas eu tive uma que no tempo se usava e guarda la-ei com o
mesmo carinho que minha mãe usou ao ali coloca-la.
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