Não
quero nem vou falar do inferno causados pelos fogos que por mão
criminosas, matou tanta gente e ainda continua tudo arder.
Mas
recordo sim aquelas queimadas da minha terra que há noite se via no
horizonte, la longe, baixinhas queimando apenas mato rasteiro para
depois receber parte do milho que o povo se sustentava, deixava
qualquer um num êxtase apreciando a beleza do momento.
Na
verdade este ano o calor assemelha-se ao da nossa terra, um
calor seco e duro que nem o descanso da noite nos deixa ter.
Como
não dá para andar na rua após determinada hora, hoje deu-me para
dar voltas a um canto onde estão ainda algumas coisas vindas da
nossa terra, arrumadas por serem completamente desnecessárias neste
clima Europeu de fraca temperatura.
Ao
desembrulhar uma delas, dei com um termo de agua gelada , um
"Coleman", não sei se ainda se lembraram deles que terá
nada mais que cinquenta anos ou talvez mais.
Quase
me vieram as lágrimas aos olhos, tantas vezes utilizado naquelas
terras do copo de agua gelada, que estava sempre á mão e nos
deliciava a qualquer hora.
Um
grande companheiro de viagens e das saídas ao domingo para os pic nic
com os amigos.
Bolas, quase me abracei a ele, por tantas recordações me trazer.
Bolas, quase me abracei a ele, por tantas recordações me trazer.
Diria
que substituiu o saco de lona pendurado á frente dos carros e que
todos usavam naqueles matos por onde andavam.
Lavei-o
bem lavado por dentro e por fora, depois deitei gelo para dentro das couvetes cá de casa acabando de enche-lo com agua..
Ainda
pensei que iria fazer um lago na cozinha pois após tanto tempo
poderia estar ressequido, partido ou já sem serventia alguma.
Vitoriosamente
foi recebendo tudo que lhe fazia carinhosamente e trabalhou
perfeitamente.
O
Coleman nem sei se ainda se fabrica, mas este apesar da tinta já ter
algumas falhas, o que não admira após as voltas que deu, funciona
perfeitamente.
Já
agora quer um copo de agua fresca?
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