Quem
disse que a tristeza não mata?
Mata
sim, devagarzinho pé ante pé se instala de dia ou de noite .
De
dia saí lampeira em forma de lágrimas muitas vezes contidas,
engolidas pondo os olhos, talvez por castigo a olhar para uma rosa e
apenas ver os espinhos quando na ponta uma linda flor emana o perfume
e suas pétalas linda cor.
Á
noite la esta ela instalada nos mais lugrubes pensamentos e nada
combate este modo de estar.
Passam
as horas como que desejando que a noite passe depressa e nasçam
rapidamente os raios de sol.
É
repete-se esta situação vezes sem conta, como que deixando de ser
ela que está no seu corpo que não consegue controlar, mas outro
alguém que a baralha o pensamento e se instalou em seu corpo.
Olha
os outros como seres de outro mundo, apenas se sentem bem entre
quatro paredes escondidos em si mesmo olhando pela janela de cortinas
corridas aguardando nem ela sabe o quê.
E
as horas vão passando, definhando dia a dia, se por um acaso
encontra alguém representa escondida por detrás de um esgar
parecendo um sorriso e fala pouco, pois a sua vontade é voltar ao
seu canto do quarto.
Abre
álbuns de fotos mas não os desfolheis, estaticamente fixa uma foto
qualquer e corre-lhe as lágrimas sem ninguém saber o porque do
olhar parado nessa foto, mas ao longo dos dias as fotos eram sempre
diferentes, era de locais ou alguém do passado.
Encharca-se
de medicamento que o medico receitou quando a muito custo alguém a
leva á uma consulta, mas isso apenas lhe dá um sono que não passa
dum torpor de dia e de noite.
E
vai definhando, aos poucos vai deixando o seu canto no quarto para de
deitar confundindo a noite com o dia, talvez pelos medicamentos que
toma.
Até
que um dia ouvem saindo de seu quarto uma musica baixinho que roda no
seu vinil, e alegria da família, não a quer incomodar até que
acabam as musicas e apenas ouvem o som da agulha que chegara ao fim.
Dirigem-se
ao quarto saber o que se passava ou até virar o disco supostamente
por ser do agrado dela.
Sobre
o leito um corpo definhado ao longo do tempo estava inerte, vestida
como se fora a uma festa e na mão apenas um papel despedindo-se, com
as palavras “Vou tentar ser Feliz”
Essa
tristeza que ninguém soube porquê, mas matou.
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