Se
tenho amigos, sim tenho daqueles mesmo que nos chamam manos e manas,
que lhes troco o nome propositadamente por graça,há mais de
quarenta anos, daquelas que lhe roubava a esposa e fugíamos para o quarto para abrirmos o
coração e ouvir um conselho.
Amigos
cujos filhos minha mãe criou, acolheu no seu colo como a nós mesmo
e embalava ate que o soninho chegava.
Quarenta
e tal anos passaram e são os meus meninos, tal como os meus filhos,
já mais
altos
que eu mas sempre os meus meninos do coração.
A
mais nova ficou comigo após nascer, aquela coisinha rosada e linda
dentro de uma alcova forrada como era uso naquele tempo.
Nascera
logo a seguir ao meu a velho ou seja como uma diferença de idade de
mais ou menos 2 aninhos, o meu menino que espreitava para dentro do
berço de olhitos arregalados e a acariciava se ela chorasse.
A Cristina e meu filho num dos muitos casamentos.
Como
não poderia ser ela como uma filha para mim?
Foram
os padrinhos do meu casamento, do baptismo do meu filho, enfim uns
irmãos e amigos como nunca tive.
Eram
tão alegres bons vizinhos razão porque volta e meia o mais velho
fugia para casa da “avó”.
A
vida mudou, fomos todos empurrados para um buraco de quem puder que
se salve o resto não interessava, e a vida separou-nos.
A
falta que senti deles, da minha confidente, da irmã de coração que
Deus me pôs no caminho quando achou que precisava dela para me
aconselhar naquelas idades difíceis.
.
Não
vale a pena falar nestes tempos porque todos passamos, tempos de
saúde, fartura, bons empregos etc para termos que lutar e muitos de
nós nos sujeitarmos sabe Deus como, para começar a vida e se
safarem do buraco para onde nos haviam deixado.
Reencontramo-nos
anos depois,num abraço apertado dando a ideia que nesse momento os
nossos corações se beijaram de alegria, e não mais nos deixamos.
Nem
mesmo as doenças e achaques que vão aparecendo lá estamos lado a
lado de mãos dadas postas pedindo a ajuda de Deus que nunca nos tem
faltado.
Provações
do Senhor que não nos deixa parar de orar pela sua ajuda apesar de
chorarmos da dor que sentimos.
A
Fé, essa que nunca nos falta, o Deus que sempre está presente mesmo
por caminhos
dificeis
e tortos.
Dos
muitos amigos que tenho que me perdoem, esta família são realmente
os mais importantes para mim, sabem são daqueles amigos irmãos e
amor reciproco.
Rezo
por eles como pelos meus e peço a Deus que esteja sempre presente
quando a vida é mais amarga para que a união faça a força e vença
todas as pedras que vão aparecendo na vida.
Beijo estes estes meus meninos e os pais com eterna amizade.
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